quinta-feira, 14 de julho de 2011

Microsoft Windows 98



O Microsoft Windows 98 (nome de código Memphis) era um sistema operacional produzido pela Microsoft que foi lançado em 25 de Junho de 1998, sendo o sucessor do Windows 95. A maior novidade desta versão era a completa integração do sistema operacional com a internet utilizando o Internet Explorer 4. Introduziu o sistema de arquivos FAT-32 e começou a introduzir o teletrabalho (só foi possível devido à integração do Web). Melhorou bastante a interface gráfica e incluiu o suporte a muitos monitores e ao USB. Mas, por ser maior do que o Windows 95 e possuir mais funções, era também mais lento e mais instável.

Windows 98 SE (Segunda Edição)

Uma atualização ao sistema operacional, o Windows 98 Segunda Edição (SE), foi lançado em 5 de Maio de 1999. Ele incluiu correções a muitos pequenos problemas, melhora no suporte a USB, e a troca do Internet Explorer 4.0 pelo Internet Explorer 5.0, que era significantemente mais rápido. Também foi incluído o Compartilhamento de Conexão a Internet, que permitiu que múltiplos computadores em uma Rede Local compartilhem uma única conexão a Internet através de NAT. Outras novidades incluem o programa Microsoft NetMeeting 3.0 e suporte integrado a drives de DVD-ROM.Ele também adicionou suporte à processadores mais novos. Além disso, nada foi feito de diferente. Essa atualização foi considerada como uma das melhores versões da família Windows. A atualização foi gratuita para aqueles que já possuíam a primeira edição do Windows 98.

Características novas e atualizadas

Entre as novidades que vieram com o Windows 98 estão o melhor suporte a AGP, drivers para USB funcionais, e suporte a múltiplos monitores e WebTV. Ele incluiu também suporte ao sistema de arquivos FAT32, permitindo que ele suportasse partições maiores que 2 GB, máximo aceito pelo seu antecessor, Windows 95. Essa também foi a primeira versão do Windows a oferecer suporte a ACPI. Como nos últimos releases do Windows 95, o Internet Explorer continuou a ser integrado à interface do Windows Explorer (característica chamada de Active Desktop).

Novos padrões de Drivers

O Windows 98 foi o primeiro sistema operacional capaz de utilizar o Windows Driver Model (WDM). Esses drivers eram pouco conhecidos à época e muitos dos fabricantes de hardware continuaram desenvolvendo drivers sob o antigo padrão (VXD). Isso resultou no surgimento do mito que o Windows 98 apenas suportava drivers no padrão Vxd.

O padrão WDM se tornou "popular" somente anos após seu lançamento, principalmente porque as versões 2000 e XP não eram mais compatíveis com o padrão VXD. Atualmente, apesar de não desenvolverem drivers específicos para Windows 98, eles ainda criam-nos sob o padrão WDM, mas compatíveis com a arquitetura desse sistema. Bill Gates disse que não havia gostado desse novo sistema, e criou o Windows ME compatível com tecnologia Bluetooth.

Requerimentos de Sistema

  • Processador 486 DX2, 66 MHz ou superior,
  • 16MB de RAM (24MB recomendados)
  • Quantidade de espaço livre adequada no disco rígido. Essa quantidade varia de acordo com o método de instalação e componentes selecionados:

· Atualizar de Windows 95, ou 3.1 140-315 MB (geralmente 205 MB) de espaço.

· Nova instalação em sistema FAT16 210-400 MB (geralmente 260 MB) de espaço.

· Nova instalação em sistema FAT32 190-305 MB (geralmente 210 MB) de espaço.

· NOTA: Tanto o Windows 98 quanto o Windows 98SE tem problemas sérios com discos rígidos maiores que 32 GB. Uma atualização do sistema foi disponibilizada pela Microsoft para corrigir esta falha.

  • Monitor VGA ou superior,
  • Drive de CD-ROM ou DVD-ROM,
  • Microsoft Mouse ou compatível.
OBS: Na proxima postagem estarei falando mais sobre a instalação do windows 98. ensinando passo a passo. Obrigado pessoal. Até mais.

terça-feira, 12 de julho de 2011

Overclocking



Overclock em um Athlon XP pela BIOS. A freqüência de clock foi alterada de 133MHz para 148MHz, e o fator de multiplicação de x13.5 para x16.5

Overclocking é o nome que se dá ao processo de forçar um componente de um computador a rodar numa frequência, definida em hertz mais alta do que a especificada pelo fabricante. Apesar de haver diferentes razões pelas quais o overclock é realizado, a mais comum é para aumentar o desempenho do hardware. O overclocking pode resultar em superaquecimento do processador, instabilidade no sistema e às vezes pode danificar o hardware, se realizado de maneira imprópria.

A velocidade padrão de um componente está assegurada pela tensão (Volt) a que ele está definida para trabalhar. Existe uma margem ascendente (às vezes grande) de frequência que o componente tolera com essa mesma tensão até chegar a uma frequência onde é perdida a estabilidade, sendo necessário compensá-la com o incremento de tensão, aumentando consequentemente a temperatura.

O overclock pode ser aplicado basicamente a quatro componentes de hardware:

Processador

Placa-Mãe

Memória

Placa de Vídeo

Nota-se que quem procura o overclock é o gamer, entusiasta ou utilizador de software que realmente requeira grandes recursos computacionais. Se usa o PC para navegar, ouvir música, ver filmes e fazer as coisas pessoais, não tente fazer o mesmo.

O overclock está diretamente relacionado com o aumento de consumo de energia, sendo necessário ter a certeza de que a fonte de alimentação consegue alimentar (de forma estável) a potência necessária ao funcionamento do sistema em overclock. Ao consumir mais energia irá, obviamente, ter que dissipá-la por forma de calor, portanto é necessária uma boa refrigeração. Portanto, se quer iniciar no overclock, a fonte de alimentação e a refrigeração serão as primeiras etapas.

O sucesso do overclock está dependente das potencialidades de todo o hardware envolvido, onde o essencial, em primeiro lugar é a placa-mãe, depois o processador e só então a memória. Recomenda-se que seja feito a partir da BIOS mas também é possível fazê-lo por software ou alterando fisicamente os componentes.

Mas overclock não trata apenas de aumento em Mhz ou em multiplicação, nos processadores também podem ser alteradas suas diferenças de potencial para aumento de carga ou sua diminuição (underclock).

Isso pode ter certas consequências, das quais se destacam a diminuição da vida útil do hardware e o aumento de temperatura do dispositivo. Podendo até provocar a fusão dos componentes do computador. Esse aumento da temperatura é solucionado com o resfriamento do hardware.

A velocidade do clock num processador é definida multiplicando a velocidade da BUS pelo multiplicador, os quais estão definidos de fábrica (às vezes a velocidade da BUS pode ser designada por outros termos ou siglas, como HTT ou FSB (Front Side Bus).

Refrigeração


A maioria dos sistemas de refrigeração é projetada para computadores que não utilizam o overclocking, mesmo assim, hoje em dia, encontramos cada vez mais métodos eficazes para soluções de refrigeração, como ventiladores poderosos, dissipadores de calor, refrigeração a água (watercooler). Com isso aumentando a possibilidades de overclocking, Pois ao fazê-lo você estará aumentando a freqüência (velocidade) e a voltagem de operação do processador, que fará com que o processador aqueça mais do que deveria, então é necessária uma refrigeração voltada para esse processo. Quanto maior o valor do overclocking, mais será necessário refrigerá-lo.

Dissipadores de calor muitas vezes são feitos inteiramente de cobre, que possui uma alta condutividade térmica, mas o custo é elevado. Sendo assim é muito comum a utilização do alumínio, que tem uma condutividade térmica mais pobre, mas é significativamente mais barato que o cobre. Muitos dissipadores de calor combinam dois ou mais materiais para atingir um bom custo-benefício.

A refrigeração a água segue o mesmo principio de sistemas de refrigeração de motores automotivos. Este sistema veio para combater a refrigeração a ar, permitindo assim melhor resfriamento dos componentes, conseguindo-se maiores valores de overclocking nos diferentes tipos de hardware.

Existem outros métodos que podem ser utilizados em casos extremos, como o nitrogênio líquido, hélio liquido e gelo seco. Estes métodos são geralmente impraticáveis em longo prazo, por exemplo, os transistores a base de silício irão se degradar a temperaturas abaixo de -173 °C e geralmente parar de funcionar em temperaturas de -233 °C.

Vantagens

  • O utilizador pode, em muitos casos, adquirir ou possuir um equipamento lento, com componentes mais baratos e fazer nele um overclock que poderá dar um ganho extra em desempenho, tornando seu equipamento com desempenho aproximado, igual ou até melhor que um mais caro.
  • Maior desempenho em jogos, codificação, edição de vídeos e um adicional ganho em velocidade nas tarefas, sem nenhuma despesa adicional. No entanto, aumentará o gasto de energia. Particularmente, para entusiastas que regularmente atualizam seus hardwares, overclocking pode aumentar o tempo que um upgrade é necessário

Desvantagens

  • [Muitas das desvantagens de overclocking podem ser a aliviadas ou bastante reduzidas por overclockers hábeis Porém, durante o processo, usuários novatos podem cometer erros que poderiam ser evitados, desde um sistema instável e apresentando erros, a componentes danificados.
  • Na teoria o overclock não é uma prática viável para se aumentar a velocidade de processamento. O que determinará o clock do processador é a sua capacidade de propagação de ondas eletromagnéticas sobre a superfície dos componentes aliado ao comportamento projetado (pipeline, escalabilidade). No projeto de desenvolvimento de hardware todas as especificações técnicas devem ser obedecidas para que o comportamento do processador esteja dentro do esperado. O maior exemplo de que esta prática não é viável, é a ausência de usos em aplicações comerciais e cálculos científicos (que precisariam de tempo muito grande de funcionamento sem falhas).
  • O Aumento da velocidade de relógio/tensão resulta num maior consumo de energia.
  • Se você usa o Windows XP, e fizer um overclock, pode ficar estável, porém se for reinstalado poderão ocorrer erros de leitura de arquivos, também poderá ocorrer erros durante a instalação de atualizações do OS.
  • Em relação a temperatura, ela não irá só elevar a temperatura do processador, mas também do gabinete e conseqüentemente de todos os componentes internos.
  • Ao fazer um overclock em algum componente, você estará perdendo automaticamente a garantia do mesmo.
  • Há também um risco de incêndio, caso os componentes não estejam devidamente arrefecidos.

Sistema de ficheiros



Sistema de ficheiros (português europeu) ou sistema de arquivos (português brasileiro) (também conhecida por gestão de ficheiros) é a forma de organização de dados em algum meio de armazenamento de dados em massa frequentemente feito em discos magnéticos. Sabendo interpretar o sistema de arquivos de um determinado disco, o sistema operacional pode decodificar os dados armazenados e lê-los ou gravá-los.

Fazendo analogias, tal organização assemelha-se a uma biblioteca escolar. O bibliotecário organiza os livros conforme o seu gosto, cuja busca, convenientemente, procura deixar mais fácil, sem ocupar muitas prateleiras e assegurando a integridade deste. Ainda, certamente, organiza os livros segundo suas características (assunto, censura, etc.). Depois de organizados, ou durante a organização, o bibliotecário cria uma lista com todos os livros da biblioteca, com seus assuntos, localizações e códigos respectivos.

Aplicando a analogia à informática, o sistema operacional seria o bibliotecário da "biblioteca de dados" do computador, o disco de armazenamento. Exatamente igual à organização de uma biblioteca, o sistema operacional guarda os dados nos espaços vazios do disco, rotulando-os com um FCB (File Control Block, Bloco de Controle de Arquivo) e ainda criando uma lista com a posição deste dado, chamada de MFT (Master File Table, Tabela de Arquivos Mestre). Sabendo a posição do arquivo a ser aberto/gravado, o sistema operacional solicita a leitura desta, decodifica/codifica e realiza a abertura/gravação do dado.

Um sistema de ficheiro é assim: uma forma de criar uma estrutura lógica de acesso a dados numa partição. Sendo assim, também é importante referir que nunca poderá ter dois ou mais tipos de sistemas de ficheiros (formatos) numa mesma partição.

O MBR (Master Boot Record) é um arquivo de dados interligado com a BIOS cuja importância é o reconhecimento do sistema de arquivos, como também na inicialização do sistema operacional.

Para a maioria dos usuários, o sistema de arquivos é o aspecto mais visível de um sistema operacional. Ele fornece o mecanismo para o armazenamento online e o acesso relacionado tantos aos dados como aos programas do sistema operacional e de todos os usuários do sistema de computação. O sistema de arquivos consiste em duas partes distintas: uma coleção de arquivos, cada um deles armazenando dados relacionados, e uma estrutura de diretórios, que organiza e fornece informação sobre todos os arquivos do sistema. Alguns sistemas de arquivos têm uma terceira parte, as partições, utilizadas para separar física ou logicamente grandes coleções de diretórios.

Atributos de arquivos

Um arquivo possui certos outros atributos que variam de um sistema operacional para o outro, mas que normalmente são os seguintes:

Nome: o nome simbólico do arquivo é a única informação conservada em forma legível pelas pessoas.

Identificador: este rótulo único, usualmente um numero, identifica o arquivo dentro do sistema de arquivo; é o nome não legível pelas pessoas.

Tipos: esta informação é necessária para aqueles sistemas que suportam diferentes tipos.

Posição: esta informação é um ponteiro para um dispositivo e para a posição do arquivo naquele dispositivo.

Tamanho: o tamanho corrente o arquivo e possivelmente o tamanho maximo permitido estão incluídos neste atributo.

Proteção: a informação de controle de acesso determina quem pode ler o arquivo, gravá-lo, executá-lo e assim por diante.

Hora, data e identificação do usuário: esta informações pode ser conservadas em relação a data da criação, ultima modificação e ultima utilização do arquivo. Estes dados podem ser úteis para proteção, segurança e monitoramento de uso do arquivo.

A informação sobre todos os arquivos é conservada na estrutura do diretório que também reside em memória secundaria. A entrada de um diretório consiste no nome do arquivo com seu identificador único. O identificador, por sua vez, permite localizar os demais atributos do arquivo. O registro desta informação para cada arquivo pode ocupar mais que um kilobyte. Em um sistema com muitos arquivos o tamanho do próprio diretório pode ocupar megabytes. Como os diretórios, da mesma forma que os arquivos, devem ser não-volateis, precisam ser armazenados em dispositivos e conduzidos a memória gradativamente, conforme necessário. Conhecido por Carlos Pinto

Operações sobre arquivos

Um arquivo é um tipo abstrato de dados. Para definir apropriadamente um arquivo, precisamos considerar as operações que podem ser realizadas sobre arquivos. O sistema operacional pode oferecer chamadas de sistema para criar, gravar, ler, reposicionar, apagar e truncar arquivos. O sistema operacional deve fazer em relação a cada uma das seis operações de arquivos básicas.

Criando um arquivo: deve ser alocado espaço para o arquivo no sistema de arquivos. Deve ser criada uma entrada para o novo arquivo no diretório. A entrada do diretório registra o nome do arquivo e sua posição no sistema de arquivos, alem de outras informações possíveis.

Gravando um arquivo: para gravar um arquivo, emitimos uma chamada de sistema especificando tanto o nome do arquivo como a informação a ser gravada. Dado o nome do arquivo, o sistema percorre o diretório em busca da sua localização. O sistema deve manter um ponteiro de gravação para a posição do arquivo onde a nova gravação devera ser realizada. O ponteiro precisa ser atualizado sempre que ocorrer uma gravação.

Lendo um arquivo: para ler um arquivo, utilizamos uma chamada de sistema que especifica o nome do arquivo e onde na memória é o próximo bloco do arquivo devera ser alocado. O diretório é pesquisado em busca da entrada associada e o sistema precisa manter um ponteiro de leitura para a posição no arquivo a partir de onde devera ocorrer a próxima leitura. Após a leitura ter sido feita, o ponteiro de leitura é atualizado. Um determinado processo esta normalmente lendo ou gravando um dado arquivo, e aposição da operação em curso é guardada como um ponteiro para a posição corrente do arquivo, para cada processo. Tanto a operação de leitura como a de gravação, utiliza este mesmo ponteiro, economizando espaço e reduzindo a complexidade do sistema.

Reposicionando dentro de um arquivo: o diretório é percorrido em busca da entrada apropriada, e a posição corrente do arquivo é posicionada para um determinado valor. O reposicionamento dentro de um arquivo não precisa envolver um I/O real. Esta operação é também conhecida como busca de arquivo.

Apagando um arquivo: para apagar um arquivo, procuramos no diretório o arquivo pelo nome. após encontrar a entrada correta do diretório, liberamos todo o espaço do arquivo, de modo que este espaço possa ser reutilizado por outros arquivos, e apagamos a entrada do diretório.

Truncando um arquivo: o usuário pode desejar apagar o conteúdo de um arquivo, mas conservar seus atributos. Em lugar de obrigar o usuário a pagar completamente o arquivo e recriá-lo, esta função permite que todos os atributos - exceto o tamanho - sejam mantidos, reposicionando o arquivo com tamanho zero.

Sistemas operativos mais usuais e formato nativo de arquivos

Apple Macintosh

HFS

HFS+

UNIX (FreeBSD, OpenBSD, Linux, Solaris, etc.)

UFS

Ext2

Ext3

Ext4

SWAP

Reiser

HPFS

JFS

XFS

IBM (AIX, OS/2)

JFS (AIX Version 3.1 ou superior, OS/2 Warp)

HPFS - High Performance File System

MS-DOS/Microsoft Windows

FAT 12 - Microsoft BASIC Disk - MSDOS 4.0

FAT 16 ou FAT - DOS 4.0 ou superior / Windows 1.X ou superior (1.x, 2.x, 3.x, 95, 98, ME, 2000, XP,...)

FAT 32 - MS-DOS 7.1 e 8.0 / Windows 95 (versão OSR2!), ou superior (95 OSR2, 98, ME, NT, 2000, XP...)

ExFAT - FAT Estendido, também conhecido como FAT64, Windows XP ou superior ( Vista, 7...)

NTFS - Windows NT ou superior (NT, 2000, XP, 2003 Server,...)

sábado, 9 de julho de 2011

HD (Disco Rígido)

Disco rígido ou disco duro, popularmente chamado também de HD (derivação de HDD do inglês hard disk drive) ou winchester (termo em desuso), "memória de massa" ou ainda de "memória secundária" é a parte do computador onde são armazenados os dados. O disco rígido é uma memória não-volátil, ou seja, as informações não são perdidas quando o computador é desligado, sendo considerado o principal meio de armazenamento de dados em massa. Por ser uma memória não-volátil, é um sistema necessário para se ter um meio de executar novamente programas e carregar arquivos contendo os dados inseridos anteriormente quando ligamos o computador. Nos sistemas operativos mais recentes, ele é também utilizado para expandir a memória RAM, através da gestão de memória virtual. Existem vários tipos de discos rígidos diferentes: IDE/ATA, Serial ATA, SCSI, Fibre channel, SAS, SSD.

História do disco rígido

O primeiro disco rígido foi construído pela IBM em 1956, e foi lançado em 16 de Setembro de 1957.[1] Era formado por 50 discos magnéticos contendo 50 000 setores, sendo que cada um suportava 100 caracteres alfanuméricos, totalizando uma capacidade de 5 megabytes, incrível para a época. Este primeiro disco rígido foi chamado de 305 RAMAC (Random Access Method of Accounting and Control) e tinha dimensões de 152,4 centímetros de comprimento, 172,72 centimetros de largura e 73,66 centímetros de altura.[1] Em 1973 a IBM lançou o modelo 3340 Winchester, com dois pratos de 30 megabytes e tempo de acesso de 30 milissegundos. Assim criou-se o termo 30/30 Winchester (uma referência à espingarda Winchester 30/30), termo muito usado antigamente para designar HDs de qualquer espécie. Ainda no início da década de 1980, os discos rígidos eram muito caros e modelos de 10 megabytes custavam quase 2 mil dólares americanos, enquanto em 2009 compramos modelos de 1.5 terabyte por pouco mais de 100 dólares. Ainda no começo dos anos 80, a mesma IBM fez uso de uma versão pack de discos de 80 megabytes, usado nos sistemas IBM Virtual Machine. Os discos rigidos foram criados originalmente para serem usados em computadores em geral. Mas no século 21 as aplicações para esse tipo de disco foram expandidas e agora são usados em câmeras filmadoras, ou camcorders nos Estados Unidos; tocadores de música como Ipod, mp3 player; PDAs; videogames, e até em celulares. Para exemplos em videogames temos o Xbox360 e o Playstation 3, lançados em 2005 e 2006 respectivamente, com esse diferencial, embora a Microsoft já tivesse lançado seu primeiro Xbox (em 2001) com disco rígido convencional embutido. Já para celular os primeiros a terem essa tecnologia foram os da Nokia e da Samsung.[2] E também devemos lembrar que atualmente o disco rigido não é só interno, existem também os externos, que possibilitam o transporte de grandes quantidades de dados entre computadores sem a necessidade de rede.

Como os dados são gravados e lidos

Os discos magnéticos de um disco rígido são recobertos por uma camada magnética extremamente fina. Na verdade, quanto mais fina for a camada de gravação, maior será sua sensibilidade, e conseqüentemente maior será a densidade de gravação permitida por ela. Poderemos, então, armazenar mais dados num disco do mesmo tamanho, criando HDs de maior capacidade. Os primeiros discos rígidos, assim como os discos usados no início da década de 80, utilizavam a mesma tecnologia de mídia magnética utilizada em disquetes, chamada coated media, que além de permitir uma baixa densidade de gravação, não é muito durável. Os discos atuais já utilizam mídia laminada (plated media), uma mídia mais densa, de qualidade muito superior, que permite a enorme capacidade de armazenamento dos discos modernos. A cabeça de leitura e gravação de um disco rígido funciona como um eletroímã semelhante aos que estudamos nas aulas de ciências e física do colegial, sendo composta de uma bobina de fios que envolve um núcleo de ferro. A diferença é que, num disco rígido, este eletroímã é extremamente pequeno e preciso, a ponto de ser capaz de gravar trilhas medindo menos de um centésimo de milímetro de largura. Quando estão sendo gravados dados no disco, a cabeça utiliza seu campo magnético para organizar as moléculas de óxido de ferro da superfície de gravação, fazendo com que os pólos positivos das moléculas fiquem alinhados com o pólo negativo da cabeça e, conseqüentemente, com que os pólos negativos das moléculas fiquem alinhados com o pólo positivo da cabeça. Usamos, neste caso, a velha lei "os opostos se atraem". Como a cabeça de leitura e gravação do HD é um eletroímã, sua polaridade pode ser alternada constantemente. Com o disco girando continuamente, variando a polaridade da cabeça de gravação, variamos também a direção dos pólos positivos e negativos das moléculas da superfície magnética. De acordo com a direção dos pólos, temos um bit 1 ou 0 (sistema binário).

Para gravar as sequências de bits 1 e 0 que formam os dados, a polaridade da cabeça magnética é mudada alguns milhões de vezes por segundo, sempre seguindo ciclos bem determinados. Cada bit é formado no disco por uma seqüência de várias moléculas. Quanto maior for a densidade do disco, menos moléculas serão usadas para armazenar cada bit, e teremos um sinal magnético mais fraco. Precisamos, então, de uma cabeça magnética mais precisa. Quando é preciso ler os dados gravados, a cabeça de leitura capta o campo magnético gerado pelas moléculas alinhadas. A variação entre os sinais magnéticos positivos e negativos gera uma pequena corrente elétrica que caminha através dos fios da bobina. Quando o sinal chega à placa lógica do HD, ele é interpretado como uma seqüência de bits 1 e 0. Desse jeito, o processo de armazenamento de dados em discos magnéticos parece ser simples, e realmente era nos primeiros discos rígidos (como o 305 RAMAC da IBM), que eram construídos de maneira praticamente artesanal. Apesar de nos discos modernos terem sido incorporados vários aperfeiçoamentos, o processo básico continua sendo o mesmo.

Setor de boot

Quando o computador é ligado, o POST (Power-on Self Test), um pequeno programa gravado em um chip de memória ROM na placa-mãe, que tem a função de “dar a partida”, tentará inicializar o sistema operacional. Independentemente de qual sistema de arquivos se esteja usando, o primeiro setor do disco rígido será reservado para armazenar informações sobre a localização do sistema operacional, que permitem ao BIOS "achá-lo" e iniciar seu carregamento.

No setor de boot é registrado onde o sistema operacional está instalado, com qual sistema de arquivos o disco foi formatado e quais arquivos devem ser lidos para inicializar o computador. Um setor é a menor divisão física do disco, e possui na grande maioria das vezes 512 Bytes (nos CD-ROMs e derivados é de 2048 Bytes). Um cluster, também chamado de agrupamento, é a menor parte reconhecida pelo sistema operacional, e pode ser formado por vários setores. Um arquivo com um número de bytes maior que o tamanho do cluster, ao ser gravado no disco, é distribuído em vários clusters. Porém, um cluster não pode pertencer a mais de um arquivo. Um único setor de 512 Bytes pode parecer pouco, mas é suficiente para armazenar o registro de boot devido ao seu pequeno tamanho. O setor de boot também é conhecido como "trilha MBR", "trilha 0' etc. Como dito, no disco rígido existe um setor chamado Trilha 0, e nele está gravado o (MBR) (Master Boot Record), que significa "Registro de Inicialização Mestre", um estilo de formatação, onde são encontradas informações sobre como está dividido o disco (no sentido lógico)e sobre a ID de cada tabela de partição do disco, que dará o boot. O MBR é lido pelo BIOS, que interpreta a informação e em seguida ocorre o chamado "bootstrap", "levantar-se pelo cadarço", lê as informações de como funciona o sistema de arquivos e efetua o carregamento do sistema operacional. O MBR e a ID da tabela de partição ocupam apenas um setor de uma trilha, o restante dos setores desta trilha não são ocupados, permanecendo vazios, servindo como área de proteção do MBR. É nesta mesma área que alguns vírus (Vírus de Boot) se alojam.

Disquetes, Zip-disks e CD-ROMs não possuem MBR; no entanto, possuem tabela de partição, no caso do CD-ROMs e seu descendentes (DVD-ROM, HDDVD-ROM, BD-ROM...) possuem tabela própria, podendo ser CDFS (Compact Disc File System) ou UDF (Universal Disc Format) ou, para maior compatibilidade, os dois; já os cartões de memória Flash e Pen-Drives possuem tabela de partição e podem ter até mesmo MBR, dependendo de como formatados. O MBR situa-se no primeiro setor da primeira trilha do primeiro prato do HD (setor um, trilha zero, face zero, prato zero). O MBR é constituído pelo bootstrap e pela tabela de partição. O bootstrap é o responsável por analisar a tabela de partição em busca da partição ativa. Em seguida, ele carrega na memória o Setor de Boot da partição. Esta é a função do bootstrap.

A tabela de partição contém informações sobre as partições existentes no disco. São informações como o tamanho da partição, em qual trilha/setor/cilindro ela começa e termina, qual o sistema de arquivos da partição, se é a partição ativa; ao todo, são dez campos. Quatro campos para cada partição possível (por isso, só se pode ter 4 partições primárias, e é por isso também que foi-se criada a partição estendida...), e dez campos para identificar cada partição existente. Quando acaba o POST, a instrução INT 19 do BIOS lê o MBR e o carrega na memória, e é executado o bootstrap. O bootstrap vasculha a tabela de partição em busca da partição ativa, e em seguida carrega na memória o Setor de Boot dela. A função do Setor de Boot é a de carregar na memória os arquivos de inicialização do sistema operacional. O Setor de Boot fica situado no primeiro setor da partição ativa.

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